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quinta-feira, 15 de maio de 2014

Volume morto deve elevar de 8,2% para 26,4% nível do Cantareira

Objetivo da medida é garantir abastecimento até novembro, diz Sabesp.
Governador garantiu que qualidade da água foi atestada pela Cetesb.

FONTE G1
Alckmin inagurou sistema de captação do volume morto nesta manhã (Foto: Nilton Fukuda/Estadão Conteúdo)


O governador Geraldo Alckmin (PSDB) inaugurou nesta quinta-feira (15), em Joanópolis (SP), o sistema de captação de água do chamado volume morto - reservatório que abriga água abaixo das comportas da represa - para elevar de 8,2% para 26,4% o nível do Sistema Cantareira.

Segundo o governo, serão bombeados 182 milhões de metros cúbicos de água da reserva, o que deve começar a elevar o nível do Cantareira a partir desta sexta-feira (16). O total da reserva técnica é de 400 milhões de metros cúbicos. Nesta quinta-feira (15), o nível do sistema era de 8,2%.

Na represa Jaguari-Jacareí o governador acionou o sistema de bombeamento para a captação da água que deve garantir o abastecimento até meados de novembro. O Sistema da Cantareira atende uma população de 8,45 milhões de pessoas na capital paulista e Região Metropolitana.

"Trabalhamos sempre com o momento mais difícil, estamos extremamente conservadores, trabalhamos com a mínima da mínima para poder chegar aos períodos das águas. Passaremos o período da seca e chegaremos nas próximas águas", afirmou o governador durante entrevista coletiva.
Qualidade da água foi atestada pela Cetesb, diz
Alckmin durante inauguração de sistema.
(Foto: Luciano Claudino/Código19/Folhapress)

Além disso, o governador garantiu à população que a água extraída do volume morto é de qualidade e passa por testes diariamente antes de chegar às casas da população. "A Cetesb atestou a qualidade da água, é de ótima qualidade e permanentemente monitorada", disse.

Durante o evento, o governador afirmou ainda que, além da retirada de parte do volume morto, o Estado tem empregado outras medidas para economia, como o bônus aos moradores que economizarem água, a mudança na represa que fornece água a alguns bairros da capital paulista e, a médio prazo, a interligação das represas Atibainha e Jaguari.

Sabesp
Dilma Pena, diretora presidente da Sabesp, afirmou que a água do volume morto vai garantir o abastecimento até o fim do ano. "Esses 182 milhões de metros cúbicos são suficientes até a chegada das próximas chuvas", afirmou Dilma.

Segundo ela, o sistema implantado vai bombear o volume morto para um piscinão construído após a barragem e que leva até um túnel que distribui a água para as outras represas do Sistema Cantareira e até a estação de tratamento.

Apesar de especialistas afirmarem que a água pode estar contaminada, a Sabesp informou que o tratamento será o mesmo. "Será o mesmo tratamento e todos os padrões exigidos pelo Ministério de Saúde são seguidos e são atingidos. A qualidade é fiscalizada diariamente por laboratórios certificados", afirmou Dilma.

Abastecimento
Desde 17 de março, a Sabesp faz um serviço emergencial para captar a água que fica no nível abaixo das comportas já que a Região Metropolitana de São Paulo enfrenta uma crise de abastecimento por causa da falta de chuvas e dos consequentes recordes de queda no nível do Cantareira.

Segundo o governo paulista, o mês de janeiro teve apenas 87,8 milímetros de chuva, o pior índice em 84 anos – a média histórica é de 260 milímetros. Para a oposição, a falta de investimentos na ampliação do Cantareira provocou o atual colapso.

Para tentar garantir o abastecimento, a Sabesp anunciou em fevereiro desconto de 30% para moradores de 31 cidades atendidas pela Sabesp que conseguirem economizar água. Já o consumidor que gastar acima da média pagará 30% a mais, segundo proposta do governo que ainda deve ser regulamentada pela Arsesp, agência reguladora.

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