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sexta-feira, 9 de maio de 2014

Água volta a cobrir rodovias em RO e trânsito é parcialmente bloqueado

Na BR-425, lâmina de água tem mais de 50 cm; apenas caminhões passam.
Na BR-364, sentido Acre, lâmina é de 10 cm e não prejudica trânsito.

Do G1 RO

Ponte sobre o Rio Araras ficou submersa (Foto: Leidy Melo/CBN)

Após quase três meses de cheia em Rondônia, a água dos rios da região voltou a encobrir rodovias. A situação mais critica é o da BR-425, que dá acesso aos municípios de Nova Mamoré e Guajará-Mirim, região Oeste do estado. As pontes sobre os Rios Araras e Ribeirão voltaram a ficar submersas. De acordo com a Polícia Rodoviária Federal (PRF), a lâmina de água já ultrapassa os 50 centímetros sobre a pista e apenas a passagem de caminhões é permitida. Diante da situação, a orientação é para que os motoristas evitem o trecho, que pode ser totalmente bloqueado. Na BR-364, sentido Acre, uma lâmina de cerca de 10 centímetros cobre a pista, mas ainda não interfere no trânsito, segundo o órgão.

Nesta quinta-feira (8), o Rio Madeira atingiu o nível de 19,33 metros, 24 centímetros a mais do que a cota registrada na terça-feira (6), de acordo com a Agência Nacional de Águas, quando a água começou a invadir a pista novamente.

De acordo com o inspetor da PRF, João Bosco Ribeiro, equipes estão no local e avaliam a situação. Mesmo com a passagem de caminhões autorizada, a orientação é para que evitem o trecho e continuem usando o rota alternativa pelo Distrito de Nova Dimensão, utilizada no período em que a rodovia ficou totalmente bloqueada. Caso o nível do Rio Araras continue a subir, a rodovia pode ser totalmente interditada.A ponte sobre o Rio Araras chegou a ficar mais de 24 horas interditada, de acordo com o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit), sendo liberada no início da tarde desta quarta-feira (7) após reparos na estrutura. A força da água acabou arrastando tábuas colocadas durante obra paliativa após o rio começar a baixar. Não informações oficiais sobre a medição do nível do rio.

BR-364
Com relação a BR-364, a situação ainda é considerada tranquila. No quilômetro 801, sentido Acre, apesar da forte correnteza, a água sobre a pista ainda não prejudica o trânsito. São cerca de 50 metros inundados. O trecho foi um dos mais castigados pela cheia do Rio Madeira. Até dois meses atrás só era possível passar pelo local de barco e os veículos tinham que desviar o trecho de balsa. Quem conviveu com o problema se diz surpreso com a situação.

O pecuarista José Gabriel de Oliveira conta que, no período mais critico, só tinha acesso a fazendo de voadeira. “Agora que a gente tava achando que ia secar, que ia dar para passar com os carros, fez foi subir de novo a água”, diz Oliveira.

Cheia histórica
A cheia histórica do Rio Madeira atingiu mais de 30 mil pessoas em todo o estado. A BR-364, único acesso por terra ao Acre, chegou a ser totalmente bloqueada diversas vezes por conta da lâmina de água de mais de um metro e meio sobre a pista. Desvios foram construídos nos pontos mais críticos, onde a travessia era feita através de balsa. Apenas caminhões com alimentos e medicamentos tinham a passagem permitida, a fim de não deixar o estado vizinho desabastecido. A recuperação das rodovias alagadas é calculada pelo Dnit em cerca de R$ 200 milhões.

Porto Velho e 11 distritos, Nova Mamoré e Guajará-Mirim foram os municípios mais atingidos. Produções e rebanhos inteiros foram perdidos, além de áreas que ficaram soterradas e não poderão mais ser reocupadas. Com isso, o governo estadual calcula em mais de R$ 5 bilhões os custos para reconstrução, através de um plano que está em fase de elaboração. O estado de calamidade pública em Rondônia foi reconhecido pelo governo federal no final do mês de março.
Lâmina de água sobre a BR-364 é de 10 centímetros após Rio Madeira subir (Foto: TV Rondônia/Reprodução)

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